Vencer a inação. Frutificar.
Morrer dentro de si. Atropelar o caos.
Regenerar. Em flor, em verso, em vida.
Encabrestar a dor. Vaticinar a sorte.
Em lida, em trilha, em cor.
Silenciar a morte.
Serenizar.
Corro parada à mercê de lufadas que me lambem os cabelos antes de me fustigarem as idéias. A palavra pende, o vento sopra, o texto sobra.
Vencer a inação. Frutificar.
Morrer dentro de si. Atropelar o caos.
Regenerar. Em flor, em verso, em vida.
Encabrestar a dor. Vaticinar a sorte.
Em lida, em trilha, em cor.
Silenciar a morte.
Serenizar.
“E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas
Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada.“ (Vinícius de Moraes, Ausência)
E assim, no silêncio habitual de longas datas, corações suspiraram aliviados. Era o primeiro poente que dividiam após séculos de afastamento - um imenso deserto houvera brotado entre as duas vidas. E ali, exatamente num encontro acidental de olhares dispersos, fez-se lar... e mar e céu e tudo mais que rutila aos olhos sedentos de quem vive. Terna comunhão de almas poentes e sóbrias ante dor e riso, solidão e pertencimento, luz e escuridão. E mesmo o deserto, em sua frieza noturna e alheia, fez-se abrigo. Amar é estar em casa.