segunda-feira, 25 de maio de 2009

Idiomas

Da tua língua de poeta
Edifico meu calvário
Sem respostas
Sem palavras
Sem avenças, pois
Túmulo inerte
Minha boca sepultada
Fere o verbo
Rompe o trato
Que idioma me sussurras?
Teu silêncio pós-canção reverbera
Mais que o tom
Mais que o dom
Mais que o nexo

Que tudo traz
Meu silêncio de esfinge desbotada
Ofereço quase sem querer
No meu dizer pelas avessas
Mãos atadas pela língua
Minha dor supõe a tua
E nada sabe.

3 comentários:

  1. Belíssimo!

    Que sutileza...
    Que pureza...
    Que dança das palavras!

    Ah! estes silêncios da vida...
    Beijooo!

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  2. Linda imagem "Túmulo inerte
    Minha boca sepultada" tua poesia pede para ser musicalizada

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