quinta-feira, 28 de abril de 2011

Chá das Cinco

(à pequena Margô adormecida)
                              
Mais uma tarde desfalece acinzentada
Fios rosados de sol restam à fresta da janela
Desconcerta a companhia muda
De pequenas louças desenhadas,
Água morna perfumada, acalento
E meros ruídos comunitários
Um instante parado nos olhos
Infusão de memórias
A vida invade retratada:
O cinza, o sol,  as horas
E nada mais, além
De um cão desenganado
Vencido pelo sono.

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