quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Toquinho – Pequena crônica confessional


Aquarela foi uma das primeiras músicas que aprendi a cantar, ouvia com minha mãe em casa. Depois, um pequeno coral na escola em alguma série primária, toda a classe cantando junta... os ensaios... lembro-me bem. A música doce, a imaginação solta pelos versos, um mundo de sons, cores, dúvidas... “por que tem um muro, mãe?”, “onde fica Estambul?”, “que cor é grená?” e “e o futuro?”...

E lembro-me bem do meu espanto de menina ao conceber a ideia de que um homem algo tão grande pudesse singelamente ser chamado de “Toquinho”. Vi a imagem na tv, olhos pequeninos, a fala mansa.. as covinhas do rosto como se sorrisse sempre, mesmo sério. Toquinho era um menino grande. Amei cedo.
 

4 comentários:

  1. Pessoa grande, alma de criança! Que assim todos possam se conservar...

    "Só as crianças sabem o que procuram - disse o principezinho. - Perdem tempo com uma boneca de pano, e a boneca se torna muito importante, e choram quando elas lhes é tomada...

    - Elas são felizes... - disse o manobreiro."

    (Antoine de Saint-Exúpery)

    Obrigado por esse texto!
    Um beijo!

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  2. Veio da saudade, sempre imensa, de nossas miudezas de criança!rs
    Um beijo, meu amor!

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