Da tua língua de poeta
Edifico meu calvário
Sem respostas
Sem palavras
Sem avenças, pois
Túmulo inerte
Minha boca sepultada
Fere o verbo
Rompe o trato
Que idioma me sussurras?
Teu silêncio pós-canção reverbera
Mais que o tom
Mais que o dom
Mais que o nexo
Que tudo traz
Meu silêncio de esfinge desbotada
Ofereço quase sem querer
No meu dizer pelas avessas
Mãos atadas pela língua
Minha dor supõe a tua
E nada sabe.
Dez poemas de Alex Simões no livro Minha terra tem ladeiras
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*“Porque não existem vítimas inocentes”*
*Alex Simões*
Se Pasolini fosse vivo
E morasse em Salvador
na época em que o conheci,
provavelmente
me convidari...
Há 2 horas