domingo, 24 de julho de 2011

Malmequer

É um passo preguiçoso
Pela rua deserta que me alcança
Meu amor que não chega
É cansaço, descrença, destino
É quedar de desenganos
Na virada da esquina
Sempre incerta, sempre sua
Meu amor que não pode
Sua voz sussurrada de perto
É a flor desse desejo
Sempre aberta, sempre sua
Malmequer despetalado
Aquele verso calado
Meu amor que não fala
É segredo, meu vestido novo
Para ninguém, guardado
Seu olhar sempre disperso
Meu amor que não vê
É assim, uma saudade sem sal
Meu mal, meu bem, triste e sorrindo
É amor o meu amor que não é.