Habito as horas demorosas desta noite
Os segundos gotejam espaçados
Seguem perdidos, um a um
No abismo das coisas ao redor
Desinventadas no escuro
Mas sabidas em mim
De súbito – agora –
Quando à mansidão noturna
Segue-se o espanto:
Encontro-me viva
No ventre soturno
De todas as coisas.
Vinte passagens do livro de memórias Na orla do ocaso, de Ruy Espinheira
Filho
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“(...) Vários críticos já disseram que sou um ‘poeta da memória’. E, quando
alguém me falava disto, eu sempre perguntava: e qual não é? Porque, segundo
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Há uma semana
