O ruído dos anos atravessa o corredor
Ressaltado pelo silêncio, ecoa
Por entre frestas
Ressoa grave em cada vão
- imensidões desabitadas -
Atrás das portas
Há ferrugem nas trancas
E a memória, adormecida, em suspensão
A pesar os ares, feito pó,
É matéria secular de desalento
A embaçar as janelas - olhos fundos –
O tempo corrói o assoalho
Em meu peito, casa vazia
A ruir
Vinte passagens do livro de memórias Na orla do ocaso, de Ruy Espinheira
Filho
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“(...) Vários críticos já disseram que sou um ‘poeta da memória’. E, quando
alguém me falava disto, eu sempre perguntava: e qual não é? Porque, segundo
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Há uma semana
