(a um nobre passarinho à minha janela)
O céu em brasa aquece um novo alvorecer
Minha alma se aguça, já é dia
A noite foge, empalidece, o sol ressurge
O primeiro passarinho cantarola
E tripudia sobre os galhos da inocência,
Cantando forte, canta a vida, o seu destino
Vive a essência que no corpo resplandece
Eu, cá no peito, silencio o desatino
Nasce outro dia, minha alma anoitece
O céu em brasa aviva as dores do meu tempo
Meu corpo se recolhe, já é noite
De outro pesar, outra lembrança, a mesma sina
Um som escapa desta alma tão vazia:
Choro os pedaços dos meus sonhos de menina
Rouco, o meu peito solitário já não canta
Choro em silêncio, choro a vida, essa ilusão
O pensamento a dor do mundo desencanta
Um passarinho engaiolado chora em vão
O céu em brasa testemunha a minha dor
O sol levanta, é mais um dia de existência.
Beleza há de vir
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Vou achar a brecha
Que religa os pontos
Não tomarei falta de mim
Mesmo que tarde
Vou amanhecer
Há uma semana
legal mari... chorei horrores de saudades.
ResponderExcluirBjos