Silêncio na sala, me tenho só
As horas dormem
Por dentro das horas
O sono repousa calmo
No corpo da casa
Em mim, pelo avesso
Lívida insônia contradita
É noite - em claro -
A solidão desliza no meu corpo
Lânguida, por dentro
Mansamente
Caminha só - em si -
Morna, discreta
Faz silêncio sob a pele
Palavra muda
Desvigiada
Me cala
Por dentro.
Oi, Mariana!!
ResponderExcluirEsse silêncio que por vezes não sai dos nossos ouvidos... Há uma poesia inédita de Vinícius que diz:
"É o amor que te fala
É o amor que se cala
E que despetala
A flor do silêncio"
Abraço!!!!
Pura tensão!
ResponderExcluirOra aninhando-se, até as horas por dentro delas, ora emergindo, até a pele.
Para onde será que caminha?
Onde será que repousa este “morno silêncio”?
Muito expressivo, sináptico , sintético.
Cesz
Ela voa por aí
ResponderExcluirou o vento que a leva
para longe,
numa lufada
que arrasta essa menina,
tão leve menina
das asas de fada.
Sopro qualquer é fita
que tira de perto de mim
essa criatura mais leve que o ar,
que eu peno em tocar
mas não alcanço
pois não sei voar
na mesma altura.
quanta delicadeza!
ResponderExcluireita, moça! quantas voltas bonitas. há movimento no silêncio...
ResponderExcluirQue bonito. Parabéns pela leveza de alma. Poucas pessoas conseguem.
ResponderExcluirMe visita?
Um beijo.
"Faz silêncio sob a pele"... Bonito esse seu canto.
ResponderExcluirUm beijo