O ruído dos anos atravessa o corredor
Ressaltado pelo silêncio, ecoa
Por entre frestas
Ressoa grave em cada vão
- imensidões desabitadas -
Atrás das portas
Há ferrugem nas trancas
E a memória, adormecida, em suspensão
A pesar os ares, feito pó,
É matéria secular de desalento
A embaçar as janelas - olhos fundos –
O tempo corrói o assoalho
Em meu peito, casa vazia
A ruir
Vinte passagens do livro de memórias Na orla do ocaso, de Ruy Espinheira
Filho
-
“(...) Vários críticos já disseram que sou um ‘poeta da memória’. E, quando
alguém me falava disto, eu sempre perguntava: e qual não é? Porque, segundo
...
Há uma semana

"A mesma e única casa, a casa em que eu sempre morei"
ResponderExcluirBesos!
O tempo
ResponderExcluircostuma
escapar
por
entre
os dedos.
saindo da obscuridade.
ResponderExcluir;*
é hora de pintar as paredes do peito!
ResponderExcluir"Em meu princípio está meu fim.(...)
ResponderExcluirAs casas vivem e morrem: há um tempo para construir
E um tempo para viver e conceber
E um tempo para o vento estilhaçar as trêmulas vidraças (...)" (T.S.Eliot, East Coker)